HERALDO PALMEIRA As pedras das perdas
As perdas são como pedras no sapato, no meio do caminho, dentro do coração. Param o relógio do tempo, quebram o futuro que ainda poderia ser e nos levam às maiores solidões
As perdas são como pedras no sapato, no meio do caminho, dentro do coração. Param o relógio do tempo, quebram o futuro que ainda poderia ser e nos levam às maiores solidões
A morte de uma velha senhora, prostituta de vida inteira cuja história cabe em qualquer lugar, oferece reflexões preciosas sobre envelhecer. E sobre a própria vida. Putas lições
O artista precisa ter seu canto, seu abrigo criativo. Um espaço, um teto, um lugar de refúgio para o pensamento se trancar e ficar liberto
Fracassamos na tentativa de sermos originais. Este ano foi igual àquele que passou. Em alguns casos, o que passou foi igual aos que passaram antes
Um bom papo com amigos, como um filme que se passa num restaurante com mais de 60 anos bem vividos e servidos em ótimos sabores
Relações de afeto que ligavam médicos e pacientes. A arte e a dor entrelaçados como um elo de cura. O belo e o perfeito chegam ao fim, morrem
A vida nos coloca diante de um repertório de comportamentos repetitivos, sagacidades, esquisitices e patologias. Ninguém escapa, e figuras públicas são iguaizinhas a nós nas complexidades mentais e na solidão do foro íntimo
O espaço mágico da arte pode estar escondido nos lugares mais improváveis. A mágica é abrir sua porta, enxergar que o mundo tem tudo em todo canto, inclusive a chave do recomeço
Na vida cotidiana e nas corporações, é comum que jargões modifiquem códigos da linguagem tradicional, adaptando expressões e palavras aos maneirismos construídos pelos usos e costumes para facilitar a compreensão