PA MEDIA/BBC
Curtas
- Minervino Wanderley
Bebê no plenário? Comitê britânico defende barrar filhos de parlamentares em debates. Com o aumento da participação feminina no Parlamento e na política em geral, tem aparecido mais imagens de mulheres que ocupam cargos políticos relevantes e que fazem seus trabalhos, em algumas situações, com seus filhos no colo. A permissão para parlamentares levarem seus bebês a reuniões do Legislativo virou tema de discussão formal no Reino Unido. E, nesta semana, um comitê composto por políticos de diferentes partidos concluiu que a autorização deve ser negada para a Câmara dos Comuns (que possui papel similar à Câmara dos Deputados no Brasil). Há quase quatro anos, por exemplo, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, fez história como a primeira líder mundial a participar da reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) com seu bebê.
Lua em leilão A NASA paralisou um leilão de poeira lunar e exigiu que as amostras sejam devolvidas. Em uma carta, um advogado da NASA afirmou que as elas – que incluíam um frasco de aproximadamente 40 miligramas de poeira da Lua, restos de três baratas e dezenas de lâminas de microscópio – ainda pertencem ao governo federal dos EUA. O lote de mercadorias, que a casa de leilões anunciou como “uma raridade única da Apollo”, deveria chegar a impressionantes US$ 400 mil. A amostra estava originalmente sob os cuidados de Marion Brooks, uma entomologista da universidade que a usou para alimentar baratas. No entanto, em vez de devolver as amostras à NASA após a conclusão de sua pesquisa, Brooks as exibiu em sua casa, e sua filha as vendeu vários anos após a morte de sua mãe em 2007.
TikTok espião O app pode ser banido do iPhone e Android após EUA alertar que a China utiliza para espionagem. O aviso veio da Federal Communications Commission (FCC) após analisar questões de segurança de dados. O comissário da FCC, Brendan Carr, compartilhou o conteúdo da carta enviada em um Tweet, onde acrescentou: “[O TikTok] coleta faixas de dados confidenciais que novos relatórios mostram que estão sendo acessados por Pequim”.
Eau de Cleopatra Robert Littman e Jay Silverstein, arqueólogos da Universidade do Havaí, afirmam ter descoberto qual era o perfume usado por Cleópatra, a última rainha do Antigo Egito, que se manteve no poder entre 51 e 30 a.C. Cleópatra provavelmente recorria ao perfume mendesiano, uma fragrância popular entre a elite egípcia, fabricada na antiga cidade de Mendes. Conhecido como “Perfume Mendesiano”, a recriação utilizou ingredientes como óleo de tâmara, canela, mirra e resina de pinheiro. “Os aromas foram criados através da fumaça da queima de resinas perfumadas, cascas e ervas, ou através da maceração por resinas, flores, ervas, especiarias e madeira”, explicaram os cientistas. O produto final obtido pela equipe foi um aroma “extremamente agradável acompanhado de doçura”, apelidado “Eau de Cleopatra”.
Caridade remunerada Um projeto de lei que estipula um pagamento de salário para quem abrigar moradores de rua foi aprovado nesta quinta-feira (30/06) pela Câmara Municipal de São Paulo, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o secretário-executivo de Projetos Estratégicos, Alexis Vargas, o objetivo do projeto é incentivar o retorno familiar de quem foi parar nas ruas. “A ideia é oferecer o suporte socioemocional ao refazer o vínculo familiar e uma ajuda financeira também […] A possibilidade não será dada somente à família de origem ou ao cônjuge. Poderá ser irmão, primo, avós e até um amigo de infância que queira ajudar”, informou.
Iates “desaparecidos” Oligarcas russos foram atingidos por sanções internacionais após o início da guerra na Ucrânia. Desde então, seus iates sumiram “misteriosamente” dos sistemas de rastreamento. Esse desaparecimento viola a convenção da ONU sobre Segurança da Vida no Mar, que determina a grandes embarcações manterem seu Sistema de Identificação Automática (AIS, na sigla em inglês) ligado, a menos que haja risco para a embarcação e tripulação – como num caso de ataque de piratas, por exemplo.
“Armário” no Catar O catariano Nas Mohamed teve que manter a homossexualidade em segredo por muitos anos para sobreviver no Catar, país onde nasceu, apesar de “saber disso desde pequeno”. Segundo afirmou, “Eu vivia com um medo constante. Pensei que me matariam se soubessem que sou gay, se isso se tornasse público. Os crimes de honra são muito tribais no Catar. Algumas famílias fazem isso, outras não, e o governo tenta não intervir.” Ao terminar a graduação em 2011, aos 24 anos, Nas tomou a decisão de se mudar “temporariamente” para os Estados Unidos, onde passaria três anos fazendo residência para concluir sua formação profissional como médico. Nunca mais voltou.
Uma semana de terror Um menino de oito anos que estava desaparecido foi encontrado vivo depois de sobreviver por mais de uma semana em um ponto da rede de esgoto em Oldenburg, Alemanha. Identificado apenas como Joe, havia desaparecido do jardim da casa de sua família em 17 de junho, provocando uma grande busca policial. Ele foi finalmente descoberto na manhã de sábado (25), quando um transeunte ouviu um barulho vindo de uma tampa de bueiro. O menino estava a 300 metros de sua casa. A polícia já descartou qualquer crime. Houve especulações sobre como o menino acabou no esgoto, mas a polícia disse nessa terça-feira que ele se arrastou em direção ao ponto e não conseguiu sair.
Justiça tarda, mas… Um resort à beira-mar confiscado há quase 100 anos de seus proprietários, negros, foi devolvido aos descendentes após decisão de autoridades de Los Angeles, Estados Unidos, nesta terça-feira (28/6). Os terrenos do resort Bruce’s Beach foram comprados em 1912 por Willa e Charles Bruce para criar uma hospedagem e uma área de lazer para negros em uma época de segregação racial normalizada no sul da Califórnia. Localizada na valorizada cidade de Manhattan Beach, a área foi tomada à força pelo conselho local em 1924. O casal comprou os dois terrenos por US$ 1.225 em 1912. O local agora vale US$ 20 milhões (cerca de R$ 100 milhões).