Por Heraldo Palmeira
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23 de novembro de 2024

Feliz Ano-Novo!

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Feliz Ano-Novo!

  • Heraldo Palmeira

“Adeus, ano velho/Feliz Ano-Novo/Que tudo se realize/No ano que vai nascer/Muito dinheiro no bolso/Saúde pra dar e vender” (Francisco Alves-Davi Nasser)

O Dia de Ano-Novo é comemorado em 1º de janeiro e a data foi oficializada no fim do século 16, quando a Igreja católica adotou o calendário gregoriano, que é solar, também chamado cristão ou ocidental. Hoje, a maioria dos países adota a data, também consagrada à paz universal.

Ela está diretamente associada à esperança de mudança, renovação, realizações e é comum as pessoas criarem listas de desejos. Ao redor do mundo ela começa com o réveillon – [referência ao verbo francês réveiller (acordar, despertar, reanimar)] no dia 31 de dezembro.

A comemoração é muito similar nos quatro cantos do mundo, com espetáculos de fogos de artifícios, shows musicais e multidões aglomeradas para saudar o Ano-Novo. As ceias com familiares e amigos também são comuns. A contagem regressiva é um dos pontos altos da festa, além das diversas tradições e superstições mantidas à risca – incluem vestuário, comidas, brindes e simpatias.

Qualquer que seja sua escolha, o Giramundo lhe deseja um Ano-Novo dos bons. E o resto do ano de felicidade.

Origem A comemoração no Ocidente teve início em 46 a.C., quando o imperador Júlio César estabeleceu por decreto que 1º de janeiro seria o dia de Ano-Novo. Naquela época, os romanos dedicavam esse dia a Janus, o deus da transformação e mediador das preces humanas aos demais deuses, de onde vem o nome “janeiro”.

A expansão da cultura ocidental pelo mundo levou à adoção do calendário gregoriano como (calendário) oficial por muitos países e o 1º de janeiro tornou-se uma data global para festejar o Ano-Novo, até mesmo em nações que têm celebrações próprias em períodos diferentes.

Outras datas particulares para celebrar o Ano-Novo existem em diversos calendários que permanecem em uso ao redor do mundo.

– Ano-Novo Chinês é baseado no calendário chinês – lunissolar (baseado nas fases da Lua e na posição do Sol) –, que serve de referência a diversos países do Oriente. Tem início na noite da lua nova mais próxima do dia em que o Sol passa pelo 15º grau de Aquário. As festas são repletas de itens de decoração vermelhos e dourados e o dragão, bem como os outros animais do horóscopo, são símbolos usados como forma de espantar os maus espíritos.

– Ano-Novo judaico, também chamado de Rosh Hashaná (cabeça do ano), é também a cerimônia de abertura dos grandes dias sagrados. Um tempo de expiação que culmina no Yom Kippur, o dia mais sagrado do ano. As celebrações têm início em setembro ou outubro, com base no calendário hebreu lunissolar, e unem orações, refeições festivas, reflexões e o som do shofar – instrumento feito de chifre de carneiro que é tocado nas sinagogas como chamado para arrependimento dos pecados e busca do perdão de Deus.

Os judeus comemoram seu Ano-Novo com grande solenidade, mantendo uma tônica medidativa, silenciosa e valorizando a convivência familiar. Afinal, estão celebrando o aniversário do universo, o nascimento do mundo e da civilização.

– Ano-Novo islâmico, também chamado de Ano-Novo árabe, é celebrado no primeiro mês do Hijrí, o calendário lunar muçulmano. Embora os países islâmicos adotem o calendário solar gregoriano, as datas das festas religiosas seguem o lunar. A chegada de uma nova lua crescente anuncia o Muharram (proibido), o mês sagrado que dá início ao novo ano.

É uma festa móvel cujo começo depende da região e pode variar em dias e horários, já que depende de a nova lua crescente ser avistada no céu. Para muitos muçulmanos, o Muharram é um tempo de luto e reflexão, uma alusão ao significado do nome – o Alcorão proíbe lutas e guerras durante o mês e os fiéis celebram o período inteiro orando e dedicando tempo à família.

Entretanto, as duas principais seitas do islã vivenciam a data com variações na forma. Os xiitas iniciam o mês com 10 dias de luto até o Ashura (o décimo). Alguns participam de marchas de luto, outros fazem autoflagelação. Os sunitas celebram o Ashura com jejum e orações.

Também há quem considere momento de desfrutar de comidas especiais, embora o mês não seja adequado para festas. Deve servir como alusão à passagem do tempo e para honrar a história e a resiliência do povo.

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