Divulgação/BBC
- Heraldo Palmeira
Ao estabelecer um estilo sensato, prático e elegante, Elizabeth II definiu o que significa se vestir como uma rainha e chega aos 96 anos como grande influenciadora para pessoas de muitas gerações, inclusive as mulheres mais jovens. Ao completar 70 anos de reinado, ela é uma das mulheres mais fotografadas da história e virou ícone, cuja imagem faz parte do seu legado. Não é à toa que seu penteado é praticamente o mesmo desde a entronização – com o bom senso de assumir naturalmente o tom grisalho –, na forma e medida exatas para acomodar um chapéu ou a coroa. O guarda-roupas fabuloso, feito sob medida e estrita exclusividade, completam o conjunto que reflete sua personalidade e postura de reinado.
As vestes, que privilegiam conforto e funcionalidade, fazem parte de uma composição de imagem de alto poder subliminar de comunicação, inclusive para amparar sutilezas diplomáticas. Basta lembrar que na abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, ela usou um vestido rosa em tom claro. Aquela cor não estava presente em nenhuma bandeira nacional dos países participantes das disputas e sua majestade pôde se destacar sem insinuar qualquer aliança política ou preferência esportiva.
Sim, o figurino da rainha é um poderoso instrumento político para alguém que sempre se apresenta impecável nos mais de 300 compromissos por ano, nas mais diferentes situações. Por isso, quando Elizabeth aparece em público, está embalada por uma indumentária que passou por um planejamento detalhado para que ela cause impacto e se destaque na multidão.
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