Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

FLÁVIO REZENDE Caldo da existência

Pixabay

Caldo da existência

  • Flávio Rezende

Viver situações antagônicas com amor no coração é um escrito da alma.

No fim de 23 e até agora no 24, a vida pegou a colher de pau e fez o caldo da existência ferver. Diante da mexida frenética, colocando-me em situações antagônicas – como que testando meu ser para oposições, num misto de vida e morte, prazeres incríveis e lágrimas –, sacudindo minha mente e tornando a alma fortalecida, estava eu nesta vibe de vivenciar inúmeras sensações.

Depois dos pais e da mana Lila, o amado Dinho partiu na véspera do seu aniversário e do tal ano novo. Digeri a partida e passei a vivenciar situações maravilhosamente fantásticas, com sonhos sendo realizados em série numa viagem aos Estados Unidos, onde por setenta dias, absolutamente tudo deu 100% certo numa sequência de felicidades inigualáveis, em diversas áreas. Até voltar ao Brasil, visitar o mano Júlio e vê-lo também partir, deixando um vácuo na felicidade, até então altíssima, levando tudo para um novo patamar mais reflexivo e macambúzio.

Eis a vida: enterrei Dinho, viajei, experimentei quase três meses de puro êxtase. Volto, enterro Júlio, comemoro aniversário, tudo depois de uma separação… Enfim, estou aqui, cheio de sensações diferentes, alternando altos e baixos, percebendo tudo sob minha bagagem espiritual para equilibrar a forma de me portar internamente e externamente em cada situação.

Creio estar indo bem, lidando com a dicotomia terráquea, sendo feliz quando o momento é de alegria e respeitando as fases e nuances mais difíceis, resolvendo as coisas, confortando, e reconhecendo a transitoriedade de tudo.

O que fica de todas as situações? Que me sinto bem quando ajudo, quando curto e sou feliz nas alegrias, e quando sou parte da boa operação para a rápida solução dos bodes nos momentos difíceis. Quando estou só, converso com quem partiu ofertando (a eles) o banho de mar que estou tomando e o que estou comendo. Aos quem me ajudam nas coisas boas envio gratidões eternas e constantes.

É assim que lido com essas coisas. Luz!

*FLÁVIO REZENDE, fotógrafo da vida (enquadrando o Vale do Pium, Toca do Caranguejo)

 

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