- Heraldo Palmeira
O primeiro trimestre trouxe más notícias para a Netflix. Embora continue sendo a maior plataforma de streaming do mundo – 221,6 milhões de assinantes em 190 países –, nada menos do que 200 mil assinantes trocaram de sinal e o alerta vermelho foi acionado pela perspectiva de que outros 2 milhões pulem fora até julho.
Vários fatores econômicos e uma intensa concorrência de outros serviços como Amazon, Apple e Disney, que realizaram grandes investimentos no segmento, podem ajudar a explicar os problemas da Netflix. Para conter a sangria, uma regra basilar deverá ser quebrada. Segundo a Bloomberg e o The Wall Street Journal, a empresa poderá inserir publicidade em sua programação, para oferecer uma tarifa mais barata. Este é um caminho que também deverá ser seguido pela Disney.
Outras ações imediatas já estão no planejamento: cortar custos de produção de filmes e séries e equalizar o compartilhamento de assinaturas – a ideia é cobrar taxa adicional do assinante original –, responsável por cerca de 100 milhões de lares que não geram renda à plataforma.
Esta foi a primeira queda no número de clientes em uma década, mas o estrago está feito. Acostumada a registrar 25 milhões de novos usuários/ano, a plataforma perdeu US$ 50 bilhões em valor de mercado e suas ações despencaram 35,12%, segundo o jornal The New York Times. Já a consultoria Economatica aponta que a perda de valor pode chegar a US$ 54,3 bilhões.
Não é um fenômeno exclusivo da Netflix, outras companhias de mídia como Disney, Paramount, Spotify e Warner Bros. Discovery também acusaram queda no valor de mercado.
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