Reprodução Internet/Leonardo Sens
O dono da Lua
- Heraldo Palmeira
O Rio de Janeiro é uma das cidades mais bonitas do mundo. Dizem os experts do turismo que a Cidade Maravilhosa forma ao lado de San Francisco (EUA) e Cidade do Cabo (África do Sul) a lista tríplice das mais belas do planetinha. Em comum, montanha e mar e belezas naturais de tirar o fôlego de qualquer um que respire. Tanto que ninguém ousa escolher a “mais” entre elas. O empate é justo mesmo.
No caso do Rio, nem mesmo os tantos problemas crônicos são fortes o suficiente para vencer o amor que a cidade desperta, e sua intensa capacidade de oferecer aquele clima humano que encanta qualquer um que vive ou passa em seu chão.
Esta semana, levamos mais uma lapada paralisante desse caldeirão único carioca, pelas mãos do fotógrafo Leonardo Sens, que ficou três anos de tocaia até conseguir paralisar a respiração coletiva. Acostumado a compartilhar paisagens do Rio pelas redes sociais, ele finalmente obteve sua perseguida “imagem perfeita”: nada menos do que o Cristo Redentor do Corcovado segurando a Lua!
O “sniper da beleza” entrincheirou-se na praia de Icaraí (Niterói), distante 11 km do Corcovado, depois de muito estudar o período do ano, data e momento exato em que a Lua estaria alinhada com o Cristo Redentor. O instante certo aconteceu no domingo 4 de junho e, para sorte do encantamento, o tempo colaborou e não cobriu a estátua de nuvens – como ocorrera no dia anterior. Ao fim, um tiro certeiro no coração de todos.
Sens foi fazendo ajustes no tripé da câmera para acertar o enquadramento, enquanto a Lua se “alinhava” delicadamente sobre os ombros e os braços abertos do Redentor sobre a Guanabara. Algo que nem o maestro soberano Antônio Brasileiro foi capaz de antever!
Onde mais o Senhor poderia surgir majestoso trazendo a Lua nos ombros? No Rio de Janeiro, onde a alma canta.