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Pílulas podem aposentar agulhas
- Heraldo Palmeira
Milhões de pessoas em todo o mundo entram em pânico diante de uma agulha de injeção, um pavor que se instala longe da racionalidade. Os diabéticos enfrentam o desconforto das doses diárias de insulina e terminam obrigados a conviver com suas “agulhas de estimação” anos a fio. Hoje são 537 milhões de adultos convivendo com a doença, 15,7 milhões deles no Brasil – a expectativa é que serão 23,2 milhões até 2045.
Agora, cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), do Canadá, anunciaram uma ótima novidade: criaram uma pílula capaz de substituir as injeções de insulina e facilitar o tratamento do diabetes – alguns pacientes chegam a aplicar várias doses diárias do medicamento por meio das microinjeções.
A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores permite que a pílula seja dissolvida na boca, enquanto uma cápsula protetora é criada para ser quebrada somente no fígado, onde a medicação será absorvida. Esse processo consumirá entre meia e duas horas. Agora, o novo medicamento seguirá para testes antes de chegar ao mercado. “Não será necessário injetar insulina antes de cada refeição, o que pode melhorar a qualidade de vida, bem como a saúde mental, de mais de nove milhões de diabéticos tipo 1 em todo o mundo”, assegurou Anubhav Pratap-Singh, autor principal do estudo, em comunicado oficial da universidade.
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