Por Heraldo Palmeira
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19 de maio de 2024

Dono do PSG quer o Flamengo?

Reprodução

Dono do PSG quer o Flamengo?

  • Heraldo Palmeira

A notícia de que o dono do clube francês Paris Saint-Germain (PSG) estaria interessado em comprar o Flamengo sacudiu o mundo do futebol brasileiro. Diante do que vem sendo pago por outros clubes nacionais em crise e cheios de dívidas, alguns apressados chegaram a cravar um patamar de R$ 10 bilhões para o negócio alegando que o rubro-negro é um verdadeiro oásis de eficiência administrativa.

Se não falta dinheiro ao interessado, o Qatar Sports Investments (QSI) – fundo de investimentos vinculado ao governo do Catar –, do lado de cá os números do clube carioca podem impressionar até mesmo Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG e CEO do QSI, executivo acostumado a tratar cifras superlativas. Ele teria procurado o Flamengo para discutir a possibilidade de estabelecer uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), modelo especial definido em lei para criar empresas com atuação no futebol brasileiro.

O Flamengo é a joia da coroa do futebol brasileiro e dois pontos teriam impressionado muito Khelaif: os 40 milhões de torcedores (cerca de 2/3 da população francesa) e o faturamento (previsão de R$ 1,2 bilhão em 2022). Além disso, o clube tem finanças em dia, elenco de alto nível e está em vias de construir o próprio estádio, que deverá ser o maior do país (cem mil lugares) e gerar grande incremento às receitas.

A grande dificuldade seria convencer a diretoria a transformar o Flamengo numa SAF e o assunto segue sob silêncio na Gávea, embora haja opiniões a favor e contra o negócio entre dirigentes. Na França, o interesse foi negado. Todo esse jogo é compreensível e faz parte de grandes transações, ainda mais quando envolvem muito dinheiro, paixões e mudança de paradigma.

O assédio ao Flamengo é natural, já que o Brasil entrou no radar dos investidores em negócios envolvendo o futebol – Cruzeiro, Botafogo, Vasco, Coritiba, América Mineiro e Bahia estão entre os quase 30 clubes brasileiros que já aderiram à lei da SAF e, neste momento, dão os primeiros passos na adaptação ao novo modelo de administração.

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