Gerd Altmann/Pixabay
Sinal amarelo para influencers
- Heraldo Palmeira
Os influenciadores digitais movimentam US$ 104 bilhões (R$ 567 bilhões) por ano e esse mercado ainda não mostra sinais de desaceleração. Entretanto, depois de uma década dominada por eles, os profissionais de marketing começam a apostar em acordos mais baratos com criadores amadores, aqueles que produzem conteúdos de todos para todos sem os tradicionais e elevados custos da produção audiovisual.
Esta é mais uma consequência das mudanças trazidas pela pandemia. Enquanto era impossível produzir campanhas com gravações e sessões de fotos, os departamentos de marketing das grandes marcas e as agências digitais começaram a perceber que havia algo novo no ar. Os conteúdos gerados organicamente por usuários comuns estavam explodindo em mídias sociais como o TikTok – a plataforma dá prioridade ao tipo de conteúdo em detrimento de fama prévia do criador. A partir daí, os contratantes de mídia começaram a investir nesse novo nicho.
Hoje, ele é uma realidade denominada UGC-User-Generated Content (conteúdo gerado pelo usuário) e transformou-se em estratégia organizada de comunicação e marketing de conteúdo para as empresas. A grande virtude do UGC é ser aplicável a qualquer tipo de negócio e produzido em várias mídias, com a vantagem de permitir comentários, avaliações e feedbacks.
A novidade acendeu o sinal amarelo para o mercado dos caríssimos influenciadores digitais, mas há especialistas apostando na convivência pacífica e organizada, tipo “cada qual no seu cada qual”. Um deles é Jason Konopinski, especialista em conteúdo de marketing da SocialLadder: “Os influenciadores no topo da cadeia ainda são ótimos para iniciar conversas sobre lançamentos de produtos e novas marcas. O papel que é preenchido pelos criadores amadores é o de ‘defensores da sua marca’. Somos todos consumidores. As pessoas ficam entusiasmadas com as marcas que amam, e essa afinidade natural aparece quando falam sobre elas”, acredita.
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