Fabricio Macedo Photos/Pixabay
Tapioca milionária
- Heraldo Palmeira
A tapioca é uma delícia brasileira que encanta gente de todo o mundo. Com a explosão do Brasil como destino do turismo internacional, a iguaria de origem indígena se tornou familiar ao paladar dos estrangeiros, na mesma trilha aberta pelo fenômeno ocorrido com a caipirinha.
A tapioca também foi capaz de uma grande travessura ao atravessar o Atlântico encubada – sem que a hospedeira tivesse a menor consciência disso – na alma da baiana Verônica Oliveira. Era 2009 quando ela resolveu tentar a América e apostar no tão falado “sonho americano”. Demitida do emprego de enfermeira e sem falar inglês, encarou a viagem com o equivalente a R$ 500 no bolso e a ajuda da irmã, que lhe emprestou o cartão de crédito para que comprasse o bilhete aéreo parcelado.
Vivendo hoje em Framingham, Massachussetts, Verônica acaba de ganhar o prêmio Best of Framingham 2022, concedido a empresas locais que alcançaram sucesso nos negócios, no marketing comercial e ajudam a tornar a região um ótimo lugar para se viver, trabalhar e divertir. Na verdade, esse tipo de reconhecimento oficial coloca as vencedoras na lista das organizações que contribuem para a economia norte-americana.
Depois de quatro anos sobrevivendo como faxineira, tudo começou a mudar a partir de um investimento de US$ 30 (R$ 159), que gerou o embrião da empresa Tapioca da Baiana. Hoje, com faturamento de US$ 1,5 milhão (R$ 7,95 milhões), o negócio deu a Verônica o título de Rainha da Tapioca, do qual ela se orgulha.
O prêmio veio reconhecer uma trajetória de sucesso. “Foi um misto de emoções. Alegria e gratidão por ter meu trabalho reconhecido aqui nos Estados Unidos, onde tem tantas empresas cheias de talento, meu trabalho ter sobressaído”, festejou a mulher que saiu da infância difícil em uma pequena fazenda no interior da Bahia para se tornar uma das empresárias mais bem-sucedidas de Massachussetts.
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