Por Heraldo Palmeira
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21 de novembro de 2024

Teste de glicemia sem picada

Divulgação/Apple

Teste de glicemia sem picada

  • Heraldo Palmeira

A Apple está trabalhando no desenvolvimento de um projeto que trará alívio para quem é obrigado a medir a glicose no sangue diariamente: um relógio que vai fazer o mesmo trabalho e, melhor, de forma contínua. E sem as picadas de agulhas hipodérmicas.

O que pode parecer apenas mais um produto inovador com a marca da maçã é, na verdade, algo que começou ainda com o fundador da empresa Steve Jobs e sua visão futurista, e que poderá consolidar a Apple como uma potência na área de assistência à saúde.

A intenção final é agregar o sistema de monitoramento ao consagrado relógio Apple Watch, que ganharia a condição de item essencial para milhões de diabéticos no mundo que colhem amostras subcutâneas de sangue todos os dias – apenas nos EUA, 1 em cada 10 pessoas são diabéticas. O novo produto ainda tem longo caminho pela frente, mas carrega potencial suficiente para sacudir uma indústria multibilionária. Um sinalizador importante da viabilidade do projeto é que a área de regulação da companhia já iniciou as conversas para a aprovação do governo.

Além de atender diabéticos, a empresa aposta na tecnologia como medida preventiva capaz de alertar as pessoas dos riscos de diabetes, para que possam mudar o estilo de vida e evitar o desenvolvimento da doença.

A Apple é conhecida pelo sigilo com que protege seus projetos e agora não é diferente. Centenas de engenheiros estão envolvidos nesta iniciativa, uma das mais secretas em curso, parte do time Exploratory Design Group (XDG).

O movimento da gigante de Cupertino já provocou reações na concorrência. Hoje, a Abbott e a Dexcom produzem sensores aplicados sobre a pele, cujo inconveniente é exigir trocas periódicas. Sem contar que, se ficarem visíveis, revelam a situação do usuário monitorando problemas de saúde. Diante do anúncio, a Abbott informou que também está desenvolvendo produtos de monitoramento, mas não apresentou detalhes.

Início Essa investida começou em 2010, quando Steve Jobs já enfrentava os problemas de saúde que culminaram com sua morte prematura. Naquele tempo, a startup RareLight trabalhava em busca de uma nova abordagem para o monitoramento não invasivo de glicose no sangue. Jobs recomendou que a Apple comprasse a empresa, dentro da sua visão de associar tecnologia à assistência médica. O acordo trouxe também o fundador da RareLight Bob Messerschmidt, que conduziu a implementação do projeto.

Desde então, a Apple já testou sua tecnologia em centenas de pessoas, divididas em três grupos: as que não sabem se são diabéticas, as pré-diabéticas e as que têm diabetes tipo 2. Ao mesmo tempo, tem comparado sua tecnologia com métodos tradicionais – exames de sangue e amostras retiradas na pele – em busca da excelência consagrada pelos consumidores da marca para o novo produto.

Sempre com um pé no futuro, a empresa também está empenhada em dois outros projetos secretos conduzidos por times específicos, que pretendem sacudir o mercado: o de carros autônomos a cargo do Special Projects Group, e o de realidade mista desenvolvido pelo Technology Development Group.

Saiba mais

https://www.moneytimes.com.br/apple-avanca-projeto-para-medir-glicose-sem-puncao-em-relogio/

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