Heraldo Palmeira/Alameda
Viva Santo Antônio
- Heraldo Palmeira
A imagem tradicional mostra o santo com o Menino Jesus no braço. Sua fogueira é montada em formato de quadrado.
É um santo cercado de simpatias e tradições populares, como a do pãozinho que as igrejas costumam distribuir no dia da sua festa. Reza a lenda que ele deve ser guardado junto aos mantimentos para garantir fartura na despensa. Já as mulheres que desejam encontrar casamento devem comê-lo e logo encontrarão o pretendente.
A fama de santo casamenteiro é sustentada por algumas teorias. A principal delas dá conta que Antônio defendia que os casais se unissem por amor e se opunha com veemência aos casamentos arranjados por interesses entre as famílias, algo que ele tratava como mercantilização do sacramento.
Em 15 de agosto de 1195, o santo nasceu em Lisboa batizado como Fernando de Bulhões, numa família abastada, e renunciou à sua riqueza para entrar na vida religiosa. Passou à história como um notável intelectual com ampla circulação pela Europa, grande pregador e protagonista de um grande trabalho missionário capaz de impressionar tanto as pessoas letradas quanto os mais humildes.
Teve a vida dividida em Portugal, Marrocos – onde enfrentou problemas de saúde causados pelo clima africano – e Itália, onde morreu em 13 de junho de 1231, na cidade de Pádua. São atribuídos 53 milagres ao santo, quase todos relacionados à casos de saúde dos fiéis, nenhum a casamentos, que até hoje detém a canonização mais rápida da história da Igreja, apenas 11 meses depois da morte, um reconhecimento à sua santidade. Terminou recebendo o título póstumo de doutor da Igreja em 1946, por haver sido considerado um dos maiores teólogos católicos da história.
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